
Em tempos de frio extremo, todo sol esquenta. Um clique direto da Rua Alfredo Bufren, 337 – em frente à Praça Santos Andrade – bem no Centro de Curitiba.
Em tempos de frio extremo, todo sol esquenta. Um clique direto da Rua Alfredo Bufren, 337 – em frente à Praça Santos Andrade – bem no Centro de Curitiba.
“Para escrever o menor dos contos, a vida inteira é curta.”
Encerramos esta edição com o lendário escritor curitibano Dalton Trevisan, que completa 97 anos nesta terça (14).
O “vampiro de Curitiba”, que deu raras entrevistas e atualmente vive recluso, é considerado um dos principais contistas e cronistas do país, com textos breves e inconfundíveis.
Nesta antologia de textos, Trevisan afirma, ao comentar a frase acima, que “uma história nunca termina; a cada leitura ela se reescreve”.
“O melhor conto você escreve com tua mão torta, teu olho vesgo, teu coração danado.”
Uma ótima semana a você 🙂
Temos falado bastante sobre trânsito aqui n’O Expresso. Recentemente, contamos sobre os novos radares instalados em Curitiba e sobre onde os valores arrecadados pelas multas, por lei, devem ser aplicados. (O Expresso e BandNews Curitiba)
Naquela ocasião, a Setran (Secretaria de Trânsito de Curitiba) nos disse que o trânsito funciona apoiado em um tripé: engenharia, educação e fiscalização – e que não adianta reforçar um pilar se não investirmos em outro.
O fato é que esse tripé parece estar um pouco desregulado (pelo menos, se considerarmos os valores vindos das multas): em 2021, é quase impossível ver o valor investido em educação no trânsito.
Menos de 1% dos recursos oriundos de multas em Curitiba foram gastos com educação no trânsito em 2021. Veja o gráfico completo aqui.
Foram apenas R$ 190 mil investidos em educação no trânsito, de um total de R$ 96,8 milhões gastos com os valores originários de multas na cidade – ou míseros 0,2%.
E por que isso aconteceu? Fomos perguntar à prefeitura por que esse desequilíbrio. A resposta foi que as ações feitas pela Escola Pública de Trânsito de Curitiba, responsável pelo pilar da educação para o trânsito na cidade, foram fortemente impactadas pela pandemia nos anos de 2020 e 2021.
Historicamente, a educação no trânsito recebe uma pequena parcela dos valores oriundos de multas em Curitiba. Veja o gráfico completo aqui.
Além disso, dá para perceber o crescimento gradativo dos gastos com sinalização, além de um salto recente em investimentos em engenharia de tráfego e campo. Segundo a prefeitura, isso aconteceu em razão de obras recentes, como as trincheiras da Mário Tourinho e da Fúlvio Alice, e do asfaltamento de ruas pela cidade.
A Setran diz que as ações de educação para o trânsito voltaram a todo vapor em 2022, incluindo abordagem a motoristas e pedestres. No último mês, o foco foram as ações do Maio Amarelo. A prefeitura também pretende iniciar neste ano um programa chamado “Trânsito para Todos”, que promete trabalhar a segurança viária incluindo pessoas com deficiência, num formato inédito no país.
Aguardemos os números do final do ano 👀
Ajudar com o quê? Na última edição, falamos de como o frio impulsiona a solidariedade do curitibano. Mas, na hora de exercê-la, vale também afinar a empatia e doar apenas o que for realmente útil. Este guia do Nexo é um bom começo para quem quer aquecer o próximo. (Nexo)
Cidade high tech: Apesar do momento de aperto para startups no Brasil e no mundo, Curitiba teve uma boa notícia na área de tecnologia na semana que passou. A cidade tem o segundo melhor ecossistema de inovação do país, atrás apenas de São Paulo. (Massa News)
Vacina à vista: os maiores de 50 anos já podem começar a arregaçar as mangas para receber a quarta dose da vacina contra a COVID-19, a partir desta quarta (8). Pessoas com mais de 60 anos ou imunossuprimidas também têm direito à picada – importante num momento de alta dos casos da doença. (Prefeitura de Curitiba)
“Eu fiquei muito emocionado quando descobri [o hanaume]. E me perguntei: quem inventou isso? […] Aqui a gente vive junto e as pessoas se ajudam.”
Encerramos essa edição com o relato do japonês Isamu Takehisa, morador de Curitiba e um dos personagens do belo livro “De Lá para Cá”, que conta as histórias – e as memórias culinárias – de dez imigrantes que vivem na cidade.
Takehisa se mudou para Curitiba em 2013 para se casar com a brasileira Patrícia, que conheceu no Japão. Trouxe consigo as memórias culinárias de sua família, e a vontade de experimentar os sabores que marcaram sua infância.
O umeboshi, tradicional conserva japonesa feita de uma ameixa que só tem no Japão, era uma das lembranças mais fortes – e não é que ele descobriu que no Brasil tem o hanaume, com o mesmo gostinho, mas feito de hibisco?
O livro ainda tem relatos de sírios, haitianos, venezuelanos, congoleses e outros imigrantes que escolheram Curitiba para viver, acompanhados das receitas típicas de sua infância. Vale a leitura!
Uma ótima semana a você 🙂