👾 O vírus pelos bairros

Bom dia! Muito frio aí?

Esquente-se com o café que chegou mais um Expresso na sua caixa de entrada. Nesta edição, falamos de pandemia e viajamos ao passado por meio de um imóvel ícone de Curitiba.

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Tempo de leitura da edição de hoje:
6 minutos e 42 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 15 de junho

1. A pandemia pelos bairros de Curitiba 😷

Não têm sido dias fáceis nesta bandeira vermelha em Curitiba, como mostra o nosso Monitor COVID-19 Curitiba. A curva de novos casos deu uma baixada, felizmente, mas as mortes continuam elevadas: perdemos cerca de 26 curitibanos por dia. (O Expresso)

E como está a distribuição desses casos pela cidade? Que bairros estão sendo mais afetados?

Fomos buscar os dados oficiais, e fizemos um ‘ranking’ que mostra por quais bairros o coronavírus mais tem circulado em Curitiba, como dá pra ver na animação abaixo.


Caximba ultrapassou Alto da XV e Batel como bairro campeão em casos em Curitiba. Acesse a visualização completa aqui.

Em suma:

  • Desde fins de março, o Caximba, no extremo sul de Curitiba, vive uma explosão de casos, em especial no último mês, ultrapassando com folga os antigos líderes Alto da XV e Batel, no centro;
  • Outro que se destaca é o Ganchinho, também na região sul, que teve um aumento de casos impressionante desde o início de maio;
  • Alto da Glória, por outro lado, teve uma desaceleração significativa de casos.

🍳 No frigir dos ovos, porém: o fato é que todos os bairros tiveram aumento de casos (alguns mais, outros menos), como dá para ver neste outro gráfico. Como sempre, fica a dica, caro leitor: use máscara, mantenha o distanciamento e, sempre que puder, fique em casa.
 

 

2. O Expresso da História: um ‘Belvedere’ pra chamar de seu 🏛️

Hoje, que coisa boa, é dia de mais um mergulho na história dos imóveis de Curitiba, com o nosso colunista Diego Antonelli – que, nesta edição, fala do histórico prédio Belvedere, no centro da cidade.

Uma construção centenária, de onde se consegue visualizar boa parte do centro histórico de Curitiba. Esse é o Belvedere, edificado em 1915 sobre o terreno da antiga capela do Alto do São Francisco.

  • Projetado pelo então prefeito Cândido de Abreu, no ponto mais alto da urbe na época, o local era para ser usado, justamente, como um mirante – função que exerceu até 1922.

 

📻 Em 1922, o prédio se tornou sede da primeira rádio do Paraná, a Rádio Clube Paranaense. Menos de uma década depois, em 1931, transformou-se em Observatório Astronômico da antiga Faculdade de Engenharia do Paraná. Em 1962, tornou-se sede da União Cívica Feminina Paranaense.

😢 Após décadas de usos múltiplos, o imóvel ficou praticamente abandonado. A edificação foi pichada diversas vezes e ocupada com frequência por moradores de rua e usuários de drogas.

Vida (quase) nova: No começo de 2015, o governo estadual firmou um acordo com a Academia Paranaense de Letras para que o imóvel, que possui arquitetura de influência art nouveau, fosse usado como sede da instituição. Para isso, foram iniciadas obras de revitalização do espaço, de forma gradativa. No entanto, a reforma não foi adiante e o espaço permaneceu sem uso. (Gazeta do Povo)

🔥 Pra piorar, um incêndio atingiu o Belvedere na noite de 6 de dezembro de 2017. Só depois disso foi que o local passou – definitivamente – por um restauro. A obra teve início em dezembro de 2018, com projeto do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), e foi concluída em um ano.

O Belvedere foi reinaugurado em dezembro de 2019 e, enfim, passou a abrigar a Academia Paranaense de Letras e também um café literário – pena que a pandemia veio logo depois, em março de 2020.

🤿 Saiba mais:

  • Em 1966, a Praça João Cândido, onde o Belvedere está localizado, foi tombada como patrimônio histórico e artístico do Estado. Já o Palácio Belvedere é uma Unidade de Interesse de Preservação Municipal desde 2016.
  • Durante as obras de restauração, em setembro de 2019, foram encontradas ossadas humanas do século XIX enterradas no local. A equipe técnica do Museu Paranaense acompanhou a retirada e atribuiu o achado a um antigo cemitério que existiu nas proximidades. (AEN)

 

3. Curtas ⚡

Um apelo local: a Sorvetes Gaúcho, uma clássica sorveteria da cidade que batizou informalmente a Praça do Gaúcho, no São Francisco, fez uma promoção para atravessar os dias de lockdown. Vale encomendar para quando o calor voltar. (Plural)

Copo meio cheio: ainda falando de pandemia, começou nesta semana em Curitiba a vacinação por ordem de idade, para a população geral. Nesta semana, se vacinam pessoas com 57 e 56 anos. (BandNews FM)

 

4. Estática

Resquícios de uma tempestade no bairro Cristo Rei. O clique é de Gustavo Panacioni.
 

Acesse esta nota avulsa

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“O problema não é ser cego; é não acessar a mesma coisa que as outras pessoas acessam.”

Terminamos a edição de hoje com Lucas Radaelli, curitibano, cego e engenheiro de software do Google, que aos 29 anos foi perfilado pela Folha de S.Paulo.

O engenheiro atua no aprimoramento do sistema de buscas da gigante tech, na sede da empresa em San Francisco. Na infância, contou com a ajuda dos pais e colegas, que liam livros em voz alta, transcreviam lições e gravavam anotações de cadernos para que ele ouvisse depois.

Para Radaelli, a tecnologia pode dar igualdade de oportunidades. No futuro, seu plano é atuar em projetos que tornem a matemática e a programação mais acessíveis a pessoas com deficiência.

Ficamos por aqui. Uma boa semana!

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