Hoje é dia de mais um mergulho no passado com o nosso colunista Diego Antonelli, que fala sobre o segundo imóvel mais antigo de Curitiba: a Casa Romário Martins. Conta mais, Diego:
A casa de número 30 localizada no Largo da Ordem – a famosa Casa Romário Martins – é o último exemplar da arquitetura colonial portuguesa em Curitiba. Ela é considerada a segunda edificação mais antiga da capital (atrás apenas da Igreja da Ordem), e o mais remoto espaço que serviu como moradia ainda de pé na cidade.

A Casa Romário Martins, no Largo da Ordem. Foto: SMCS
📅 A data precisa da construção é incerta. Sabe-se, por suas características, que a casa é do final do século XVIII. No entanto, a placa de identificação da Romário Martins aponta que a construção teria sido concluída em 1874. Faltam documentos que ajudem a precisar a data.
Múltiplas funções: a historiadora Maria Luiza Baracho, que pesquisou a história da casa, relata que um dos primeiros proprietários teria sido Lourenço de Sá Ribas, que adquiriu o imóvel da Irmandade do Santíssimo Sacramento. (Gazeta do Povo)
- Depois de servir como residência, a casa foi adaptada no final do século XIX para se tornar um ponto comercial, primeiramente chamado Armazém do Paiva.
📃 Na primeira escritura do imóvel, datada de 1902, o proprietário era Guilherme Etzel, que mantinha no local um armazém de secos e molhados. A partir de 1930, o local foi batizado de Armazém Roque. A casa ainda abrigou um açougue e, no anexo construído ao lado, uma peixaria.
Restauro: As atividades comerciais continuaram até 1970, quando o imóvel foi declarado de utilidade pública e desapropriado pela prefeitura. Após o tombamento, o arquiteto Cyro Corrêa Lyra elaborou o projeto de restauro da casa, cujas obras foram concluídas em 1973.
E hoje?
- Desde a década de 1970, o imóvel se transformou num espaço que guarda o acervo histórico da capital. A casa foi rebatizada de Casa Romário Martins, em homenagem a um dos mais importantes historiadores paranaenses.