As manchas em vermelho apontam para os seguintes lugares:
- Região do centro e arredores, onde há maior densidade populacional;
- Cabral;
- Bigorrilho;
- Cajuru;
- Boqueirão;
- CIC, em especial na Vila Nossa Senhora da Luz;
- Sítio Cercado.
É interessante que esses lugares não são necessariamente os bairros com maior incidência do vírus – como mostra nosso Monitor COVID-19 Curitiba. Os campeões em número de casos, como já mostramos aqui, são Alto da XV, Batel, Caximba, Hauer e Capão Raso. Por que, então, é em outros lugares que morre mais gente?
Ao Expresso, o diretor do Centro de Epidemiologia da Prefeitura de Curitiba, Alcides Souto de Oliveira, disse, em suma, que:
- Alguns desses bairros, como Boqueirão e CIC, concentram grande população de idosos, que são mais suscetíveis ao vírus (ou, ao menos, à primeira cepa dele);
- O comportamento da população (leia-se, aglomerações e falta de cuidados como uso de máscaras) também é fundamental para explicar a mortalidade.
Recentemente, um grupo de pesquisadores de Curitiba, da plataforma Paraná contra a Covid, analisou a vulnerabilidade dos territórios da cidade, de acordo com a renda média, densidade populacional, percentual de idosos e condições de saneamento.
- Resultado? Algumas das áreas de maior vulnerabilidade (como CIC, Sítio Cercado e Cajuru) coincidem com a concentração de mortes.
Oliveira afirmou que o município tem trabalhado para diminuir a vulnerabilidade desses locais, direcionando recursos e pessoal para essas regiões. Ele negou que tenha havido desassistência, apesar da difícil situação das UPAs. (Bem Paraná)
👓 Vale ler a entrevista da secretária da Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, detalhando a situação no município, depois da abertura emergencial de quase 300 leitos que se esgotaram em dois dias: “Foi como jogar água numa terra que chupa tudo imediatamente. Não sobrou nada”, disse. “A doença agora é diferente. É um tsunami.” (Gazeta do Povo)
Para encerrar, uma boa notícia: Curitiba viu cair a letalidade da COVID-19 em nonagenários após a vacinação. Foi de 31,5% para 25%. Vem, vacina. 🙏 (Gazeta do Povo)
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