A já tradicional coluna O Expresso da História de hoje vai deixar muita gente de água na boca. Quem conta a história de mais uma marca icônica da cidade é o nosso Diego Antonelli. Dessa vez, a personagem é a marca de biscoitos Tip Top:
🏅 Foi em 1970 que a Tip Top entrou no mercado para se tornar, em pouco tempo, a principal concorrente da multinacional Elma Chips em todo o Brasil. O que começou como uma modesta e sem grandes pretensões fábrica de biscoitos de polvilho se tornou uma empresa que deixou saudade para quem viveu e cresceu na década de 1980.
A empresa fundada pela família Rhinow produzia os mais variados tipos de biscoitos (doces e salgados), massas e salgadinhos. Em pouco tempo, os alimentos produzidos em Curitiba caíram no gosto das crianças e dos adultos, e ganharam o Brasil inteiro.
🏭 A principal fábrica da Tip Top ficava na avenida Anita Garibaldi, entre os bairros do Juvevê e Cabral. Quem morava por perto dizia acordar com as sirenes de entrada dos funcionários, e conviver (melhor ainda!) com o cheirinho de biscoito assado no fim do dia. (Curitiba do Passado)

A antiga fábrica da Tip Top, em Curitiba. A foto foi divulgada no grupo Curitiba do Passado.
A fábrica da Anita Garibaldi era originalmente a Fábrica Lucinda, da família Groetzner, que foi incorporada pela Tip Top em 1980. Também especializada na fabricação de massas e biscoitos, a Lucinda foi fundada em 1912 por Paulo Groetzner, imigrante suíço – e, segundo a historiadora Roseli Boschilia, quase 80% da sua mão-de-obra era formada por mulheres. (UFPR)
Mais tarde, a fábrica da Tip Top foi transferida para Campina Grande do Sul. Porém, em 1993, a Tip Top teve sua falência decretada. (Jornale)
Curiosidade nostálgica:
Durante os anos 80, a Tip Top adotou um menino loiro como mascote. A sua figura se deliciando com as guloseimas da Tip Top era estampada em anúncios de gibis de circulação nacional. Você lembra? A estratégia alavancou as vendas da empresa que conquistou, de vez, o público infanto-juvenil.