Quem é de Curitiba já sabe. Se sua rua está esburacada, se o ônibus atrasou, se o poste não funciona, basta discar 156 no telefone e voilà: a informação, queixa ou solicitação que você busca estará, no mínimo, registrada.
📞 Nesta edição, por curiosidade e pra fugir um pouco das notícias de sempre, a gente d’O Expresso resolveu mapear tudo que dizia respeito à epidemia de coronavírus na base de dados da Central 156 — que, com uma média de 800 registros por dia, é provavelmente um dos melhores termômetros do cotidiano curitibano.

A animação mostra a evolução das demandas sobre o coronavírus na Central 156 desde março — e onde cada uma delas foi registrada. Veja o mapa completo aqui.
Foram pouco mais de 7 mil demandas sobre a epidemia desde março, incluindo denúncias de aglomerações, dúvidas sobre funcionamento de comércio e pedidos de fiscalização. O atendimento para quem tem sintomas da doença, é bom lembrar, foi concentrado em uma central específica da prefeitura (portanto, não está incluído aqui). (Gazeta do Povo)\
Chegamos a algumas descobertas interessantes, que compartilhamos com você:
1- Bares, supermercados, academias, shoppings e (curiosamente) armarinhos estão entre os estabelecimentos com o maior número de queixas de aglomeração.
🧶 Os armarinhos, aliás, chamaram a nossa atenção: aparentemente, com tanta gente em casa, fazer artesanato (e em especial, máscaras de tecido) virou hábito entre os curitibanos, que provocaram um fluxo inédito às lojas. Em relatos ao 156, moradores dizem que falta ventilação às lojas e que os clientes não respeitam o distanciamento.
2- Os meses de março e julho registraram os picos de ocorrências sobre o coronavírus no 156. O primeiro marcou o início da pandemia, quando ainda havia muitas dúvidas sobre o funcionamento da cidade; o segundo registrou o auge de casos até agora.
- As ocorrências crescem especialmente nos dias seguintes à imposição da bandeira laranja na cidade e ao decreto de lockdown do governo estadual.
3- Os bairros Centro, CIC, Água Verde, Sítio Cercado e Boqueirão são os campeões de registros de aglomerações e pedidos de fiscalização de comércios e templos.
🔎 Você pode consultar o mapa com todas as ocorrências aqui — e até buscar os registros mais próximos da sua casa ou do seu local de trabalho. Os dados estão atualizados até 31/07/2020.
Para saber mais: o Marcos Abreu, que integra o grupo Code for Curitiba, fez uma análise bem interessante sobre as solicitações do 156 nos últimos dois anos. Demandas sobre a coleta de lixo, trânsito e iluminação pública são as mais recorrentes na capital.
E, como sempre: os dados mais recentes da epidemia de coronavírus em Curitiba estão atualizados no nosso Monitor COVID-19 Curitiba.