💸 R$4,50 até, pelo menos, fevereiro do ano que vem

Oi, tudo bem?

Semana começando e é legal avisar que a previsão é de chuva para hoje (segunda), terça e quinta.

O Expresso de hoje passa por 3 pontos de notícias de Curitiba.

Tempo de leitura da edição de hoje:
4 minutos e 54 segundos

Nosso próximo encontro:
Sexta, 1º de março

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1. “Juntos pela economia popular”

Que a tarifa de ônibus foi a R$ 4,50 você já sabe, né?

O preço antigo, de R$ 4,25, ainda vale até quinta-feira, 28 de fevereiro. A partir do dia 1º vale a nova tarifa que, de acordo com Rafael Greca, é fruto de um esforço para a construção de um “plano de economia popular”.

Esse é o discurso do vídeo que prefeito e governador gravaram para divulgar o aumento.

Fora o “plano de economia popular”, mais dois argumentos aparecem nos discursos (não só do vídeo como de todas as comunicações que envolvem a prefeitura):

1. tarifa abaixo da inflação: defende que a prefeitura tem mérito no esforço de manter a tarifa congelada por dois anos (depois de ter sido aumentada, em 2017, para uma das passagens mais caras do país);

2. integração de Curitiba e Região Metropolitana: este é o ponto preferido do governador, que diz estar cortando custos de outras áreas para, acima de tudo, promover a integração.

     200 milhões de reais

A prefeitura diz ainda que o aumento assegura o “equilíbrio econômico-financeiro” do sistema.

Vale notar, porém, que este equilíbrio só acontece com o aporte de R$ 200 milhões que o município (R$ 50 milhões) e governo do Paraná (R$ 150 milhões, em três anos) fizeram para manter o mínimo aumento da tarifa.

E se o equilíbrio depende de desconfortáveis reuniões anuais entre Curitiba e Paraná para garantir recursos que são sempre incertos, convenhamos que o sistema não parece tão equilibrado assim.

Exemplo desta constante gangorra foi a desintegração do transporte coletivo em 2015, quando Richa decidiu reduzir para mais da metade o valor do repasse estadual que, na época, era de R$ 7,5 milhões mensais.

O desequilíbrio do sistema continua quando, menos de dois dias depois do resultado da eleição que fez Greca o novo prefeito de Curitiba, o subsídio foi retomado pelo então governador.

Enquanto isso a rede de transporte perde usuários anualmente e as soluções apresentadas esbarram em poucas alternativas para fidelizar o usuário, aumentar a receita e tentar (aí sim) buscar o equilíbrio econômico-financeiro.

     Até fevereiro do ano que vem

Antes de parar de falar sobre a nova tarifa, preste atenção na declaração do presidente da URBS: “Nosso compromisso, por determinação do prefeito Rafael Greca, é manter a tarifa do passageiro congelada em R$ 4,50, pelo menos até fevereiro do ano que vem”.

Destaque para o conjunto “pelo menos” + “até fevereiro do ano que vem”. 

Em tempo, é bom lembrar que enquanto estava em campanha Greca prometeu uma “Lava-jato” do transporte coletivo de Curitiba. Ou, em bom curitibanês, a abertura da famosa caixa-preta da URBS.

Seguimos aguardando por este dia.



Para saber mais: aqui tem o vídeo divulgado na página do Face de Rafael Greca.

Para saber mais 2: as declarações do presidente da URBS você pode conferir aqui.

Para relembrar: se quiser refrescar a memória, aqui tem um pouco do impasseentre Richa e Fruet em 2015 e a retomada dos recursos logo depois do resultado da eleição.

2. Falando em dinheiro…

Para quem puder acompanhar, na quarta (27) tem audiência pública na Câmara para a apresentação do balanço financeiro de Curitiba.

O encontro é uma das exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal e a ideia é falar sobre o último quadrimestre de 2018.

Na sexta, 01, a gente volta para falar sobre os detalhes da audiência.

3. Falando em audiência pública…

Na quarta passada foi a vez da audiência pública sobre o já falecido decreto 1422/2018 e as apresentações dos artistas de rua de Curitiba.

O que chama a atenção é que o novo decreto (215/2019) foi publicado antes da audiência acontecer, o que acabou gerando um pouco de desconforto sobre o real objetivo de uma audiência pública para discutir o tema.

A procuradora da cidade, Claudine Camargo, argumentou que a ideia foi “matar” o quanto antes as regras polêmicas impostas pela prefeitura no final do ano passado e, também, que uma outra reunião já havia sido feita com artistas e secretarias envolvidas.

Até sexta!

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