Como mencionamos na última edição, o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) recentemente lançou o Atlas da Violência 2018.
Apesar de ser um estudo concentrado em dados mais nacionais, existe um documento específico (que você pode baixar aqui) com algumas informações bem interessantes sobre municípios com mais de 100 mil habitantes.
Curitiba obviamente está entre esses municípios – a cidade conta com pouco mais de 1,8 milhão de habitantes (se considerar a Região Metropolitana, a população chega a quase 4 milhões).
Tá! Mas o que esse Atlas aí faz?
O Atlas busca informações sobre diversos dados relativos à violência, mas o estudo municipal se concentra em duas informações principais: a taxa de homicídios e a taxa de mortes violentas por causa indeterminada.
No Brasil, entre 2015 e 2016, foram 62.517 homicídios e 10.274 mortes violentas por causa indeterminada.
Em Curitiba o site do IPEA aponta 557 homicídios no período e não há informações sobre o número de mortes violentas por causa indeterminada.
Entretanto, o dado que realmente importa é a taxa de homicídios + mortes violentas no município: a taxa de Curitiba é de 31,7 (perto da média nacional, que é 38,67, ).
Tudo isso é importante para entender esta informação que vem a seguir: se somarmos todos os homicídios e mortes violentas do Brasil, existem 123 municípios que respondem por 50% do número total. E Curitiba está na lista dessas 123 cidades.
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Mas (sempre tem um mas): a Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp)
disse nesta matéria da Gazeta do Povo que os dados do IPEA são distorcidos por considerarem mortes no trânsito como homicídio. A reportagem também traz uma menção ao município de Almirante Tamandaré que é interessante ler ali.
Sobre o tema: A Gazeta também apresentou, em outra matéria, uma leitura dos dados da Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) sobre dois bairros que concentram mais homicídios na capital. Para ler é só clicar aqui.