Cidade ecológica?

Tá rolando um vídeo no mínimo impressionante que mostra a quantidade de lixo nas ruas do entorno do Shopping Hauer (ali no Batel), depois que a galera que frequenta os bares dali já foi embora.

O vídeo foi publicado no sábado (07/07/18). Apesar da data de publicação não dá para ter certeza se o vídeo é realmente deste final de semana (tudo indica que é).

Também não dá para generalizar, claro, mas vale repercutir para tentar conscientizar aqueles que passam por lá. Se quiser ver o vídeo na página do Curitiba Mil Grausé só clicar aqui.

De longa data: o problema no Shopping Hauer já vem sendo discutido há algum tempo. Em outubro do ano passado a questão já foi levantada na Câmara de Curitiba. Uma das soluções é que os próprios bares devem ficar responsáveis pela limpeza das ruas > Lixo, drogas e barulho: vereadores cobram providência de bares no Batel, da Gazeta do Povo.

De longa data 2: há quase um ano (no dia 31 de julho de 2017) a Câmara enviou uma sugestão para a Prefeitura pedindo a otimização da coleta de lixo na região. O pedido do vereador Felipe Braga Côrtes já sinalizava a “aglomeração de gente acaba resultando em muito lixo despejado nas vias públicas, o que torna a redondeza imunda, intransitável e um péssimo cartão de visita dos turistas que frequentam a região”.  O requerimento (044.09520.2017) ainda não teve retorno da prefeitura.

Para acompanhar: o viaduto do Orleans

Outra questão curitibana que parece completar aniversário agora em julho diz respeito ao novo projeto do viaduto do Orleans. A linha do tempo:

24 julho de 2017Prefeito compartilha o anteprojeto do que ele chama de “duplicação do viaduto de Orleans”.

02 de abril de 2018: Governo do Paraná e Prefeitura de Curitiba oficializam investimentos de R$ 30 milhões para a obra.

04 de julho de 2018: Governo destina R$ 1,5 milhão para elaboração do projeto do novo viaduto.

Bom lembrar que as discussões sobre a duplicação do viaduto do Orleans já acontecem desde 2010, segundo o sistema de proposições legislativas da Câmara. No dia 15 de abril de 2010 a Câmara enviou solicitação para que a Prefeitura realizasse estudos técnicos para a elaboração do projeto.

Outra data interessante: no dia 29 de abril de 2015, além da batalha do Centro Cívico, a Câmara enviava à Prefeitura a solicitação de inclusão da obra da duplicação do Orleans no orçamento de 2016, o que parece ter contribuído um pouco com o andamento do projeto.

“Há 11 anos”

Moradora do Santo Inácio, Josiane Varela Bogus diz que ouve sobre as obras do viaduto já há 11 anos.

“Em época de eleição sempre retornam esse tema, mas aparentemente nunca saiu do papel. O trânsito na região, principalmente em horários de pico, é caótico, já que o viaduto é a principal ligação entre o acesso do Campo Comprido, CIC, Campo Largo, Santa Felicidade e um dos caminhos desses locais até o Centro“.

O que fazer em Curitiba?

Hoje (06/07)

Sábado (07/07)

Domingo (08/07)

Quarta gratuita no MON

Para quem procura Cultura em Curitiba, a dica de hoje é dos amigos do AplausoCWB: começou nesta semana que passou a quarta gratuita do MON.

Toda primeira quarta do mês a entrada é livre e o Museu Oscar Niemeyer fica aberto até às 20h.

Para acompanhar: mudanças no EstaR

Há alguns dias a Câmara aprovou um projeto que transfere a administração e o gerenciamento do EstaR para a URBS.

Mas já não era responsabilidade da URBS?

De certa forma sim. A prefeitura fala que não há mudanças significativas com o novo projeto, mas com esses ajustes a URBS agora pode, por exemplo, terceirizar e modernizar os serviços e tem mais agilidade nas tomadas de decisões.

A mudança mais significativa

O pulo do gato está em outra alteração que vem junto: as receitas provenientes do recolhimento do EstaR passam a ser direcionadas para a Prefeitura de Curitiba. Antes, a arrecadação era direcionada ao Fundo de Urbanização de Curitiba (FUC), administrado pela URBS.

Agora quem controla tudo é a Prefeitura, que vai ficar responsável por definir o que acontece com o dinheiro.

Modernização e agilidade

Os argumentos favoráveis às alterações falam em mais liberdade para atualizar o EstaR. A criação de um aplicativo para a cobrança dos usuários é um dos projetos que está na gaveta.

Para aprofundar: no dia 25 de abril a Câmara também aprovou um novo prazo para a implatação do EstaR eletrônico. São mais três anos para a cidade desenvolver alguma coisa >
Implantação do EstaR eletrônico está atrasada e ganha novo prazo.

Para aprofundar 2: o Fundo de Urbanização de Curitiba é uma caixa-preta. Ninguém sabe o que acontece com ele. O Ministério Público do Paraná há algum tempo já vem demonstrando insatisfação com a prestação de contas. Aqui tem uma reportagem de 2017 sobre o tema, e aqui uma outra reportagem fala do pedido de investigação por um grupo de vereadores da Câmara.

A conferir…: será que depois de aumentar (e muito) as tarifas de ônibus nosso prefeito agora vai apitar no preço do EstaR?

Cinema e Direitos Humanos

Outra dica cultural boa na cidade: 2º Ciclo de Cinema e Direitos Humanos, organizado pela SEJU – Secretaria de Justiça, Trabalho e Direitos Humanos.

Dia 4 de julho, quarta, é a última edição do evento que é acompanhado de debate com profissionais e especialistas nos temas.

O tema deste último encontro é “Direto ao passado” e o filme é Narradores de Javé (2003), de Eliane Caffé.

Se tiver interesse: a página do evento tem as informações que você precisa.

Aprovado: Orçamento de Curitiba para 2019

Na semana passada a Lei de Diretrizes Orçamentárias 2019 (famosa LDO) de Curitiba foi aprovada em duas votações na Câmara.

A LDO é o que define como os valores recolhidos pela administração municipal serão utilizados. Só para você ter uma ideia, Curitiba deve ter uma receita de quase R$ 8,9 bilhões para o próximo ano (4,49% maior que o ano anterior, segundo a informação divulgada pela Prefeitura).

Alguns pontos interessantes:

Desde quando?

O projeto da LDO 2019 chegou na Câmara em 15 de maio de 2018. São 83 artigos analisados neste último mês.

Quem faz isso?

A Prefeitura de Curitiba elabora o projeto e manda para a Câmara para as votações (que aconteceram nesta semana que passou).

Antes disso, porém, a Prefeitura realiza consultas públicas com a população. Foram 11 audiências públicas realizadas de março a abril de 2018 e as principais reivindicações foram: revitalização de pavimentação, melhoria nas unidades básicas de saúde e drenagem.

Na Câmara também há um período de consultas públicas e a principal demanda identificada com a saúde pública.

Propaganda institucional

Um dos pontos importantes: a Lei de Diretrizes Orçamentárias 2019 prevê R$ 7 milhões para divulgações institucionais (propaganda de ações da Prefeitura).

Uma das emendas apresentadas (que foi rejeitada pelo plenário) pela vereadora Professora Josete previa a retirada de R$ 1 milhão desse montante para a construção de mais casas para diminuir a fila de famílias na Cohab.

Capacitação de servidores públicos

Outra crítica da mesma vereadora: redução de investimentos sem explicação, como por exemplo, na capacitação de servidores públicos. Segundo ela também não há previsão de reajuste de salário dos servidores.

Construção de uma nova unidade de saúde

Também foi pauta da discussão um pedido da própria Prefeitura: retirar da LDO 2019 a construção de uma nova unidade de saúde.

O argumento utilizado pelos vereadores favoráveis citava o exemplo da gestão anterior que construiu 13 CMEIs (Centros Municipais de Educação Infantil) e, depois, não havia recursos para administrar essas unidades.

“Construir é fácil”, disse o vice-líder da Prefeitura na Câmara (o vereador Sabino Picolo).

Para aprofundar: texto da Câmara de Curitiba sobre a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2019 > Vereadores de Curitiba confirmam diretrizes orçamentárias para 2019.

Para aprofundar 2: outro texto da Câmara que explica como funcionam as consultas públicas e fala, inclusive, sobre a necessidade de se pensar em meios mais efetivos de se realizar esse contato com a população > Vereadores de Curitiba aprovam texto-base e emendas à LDO 2019.