Curtas ⚡

Mais estiagem: depois de uma trégua no verão, Curitiba voltou a ter um abril muito, muito seco – o mais seco da história, segundo o Simepar. Choveu apenas 10% do habitual para o mês. Lembre de economizar. (Gazeta do Povo)

Uma perda: o Caximba, bairro marcado por ocupações irregulares no extremo sul de Curitiba, perdeu nesta semana a líder comunitária Fabíola do Rocio Rebouças, assassinada a tiros. O crime está em investigação. Fabíola foi homenageada recentemente pela Associação Comercial do Paraná, quando afirmou desejar que “as mulheres sintam que temos o mesmo poder de igualdade”. (UOL e ACP)

A montanha-russa da vacina 🎢

Quem já teve a sorte de ver pai, mãe, avô ou familiar vacinado contra a COVID certamente sentiu aquele alívio imenso na hora da picada, somado a uma lufada de esperança. 

Mas a arma mais eficaz contra o coronavírus (e contra tudo o que ele provocou, como o fim dos abraços em quem amamos, a crise econômica, o desemprego e, acima de tudo, o triste saldo de vítimas fatais) ainda é errática. 

🎲 Mais uma vez, reunimos aqui n’O Expresso os dados das doses diárias aplicadas em Curitiba. O resultado? Uma montanha-russa:

Em azul, estão as aplicações diárias da primeira dose da vacina em Curitiba; em amarelo, a segunda dose. Veja o gráfico completo aqui.

Aos fatos: A secretaria da Saúde de Curitiba já informou que tem capacidade para vacinar até 20 mil pessoas por dia. (Tribuna do Paraná)

  • Isso permitiria, em teoria, que todo o grupo prioritário (idosos, profissionais de saúde, pessoas com comorbidades, motoristas de transporte público e de táxis e aplicativos, profissionais da educação e da segurança pública, entre outros grupos) fosse plenamente vacinado até meados deste mês. Já pensou? 

Mas, desde o início da campanha em janeiro, temos vacinado em média apenas 5 mil pessoas diariamente, com picos recentes de 17 mil. ☹️

O motivo a gente já sabe: faltam doses, não só em Curitiba, mas em todo o Brasil. Além da falta de insumos, em especial os importados, também sofremos as consequências da alta demanda global e, mais recentemente, da forte onda da pandemia na Índia, um dos principais centros globais de produção de imunizantes. (CNN Brasil)

Mas há boas notícias: além de uma evidente elevação no nível da montanha-russa da vacina, como dá para ver no gráfico, a Fiocruz começa a produzir neste mês a vacina inteiramente nacional, feita com ingredientes brasileiros, de Oxford/AstraZeneca, que chegará aos postos de saúde em outubro. (CNN Brasil e O Expresso Curitiba)

Continuemos aguardando a sonhada picada e… nos cuidando, como sempre. 😷

Pra encerrar: em bom curitibanês

“As cidades são personagens de grande importância.”

Essa grande verdade que encerra a edição de hoje foi dita por Nego Miranda, fotógrafo curitibano que faleceu nesta segunda (3), aos 75 anos. (Plural)

Miranda foi um contador de histórias das cidades paranaenses. Entre seus trabalhos mais marcantes, estão obras sobre as igrejas de madeira do Paraná, os engenhos de erva-mate, os armarinhos e, em especial, a Curitiba de Dalton Trevisan. (Portal Reinaldo Bessa)

“Minha história sempre foi um retorno a Curitiba”, disse ele, nesta entrevista à professora Eva Paulino Bueno. Na conversa, ele também explica a escolha por Dalton Trevisan para conduzir a narrativa de seu trabalho fotográfico sobre a cidade.

“Quem melhor do que o Dalton Trevisan pra falar de Curitiba? Ele é o grande conhecedor da alma curitibana. E a cidade é o seu personagem principal.”

Nosso desejo sincero é de que Curitiba, desta vez, acolha o belíssimo trabalho de Nego Miranda em sua história.

Uma boa semana!

Paleta outonal

Mais um clique inspirado das árvores da nossa cidade, desta vez em cores outonais. O flagra foi feito na avenida Deputado Heitor Alencar Furtado, no Ecoville, por nossa leitora Nicole Siqueira Gonçalves.