Pra terminar: em bom curitibanês

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“Eu fui uma criança muito sortuda; morava em um bairro incrivelmente diversificado. Eu gosto de pensar naquilo como um pequeno pedaço do mundo.”

Encerramos esta edição com a memória de Teresa Urban, curitibana, jornalista e ativista ambiental, que viveu intensamente a pluralidade do bairro das Mercês nas décadas de 1940 a 1970.

Em relato ao excelente livro Sem liberdade, eu não vivo, sobre mulheres ativistas durante a ditadura militar, Teresa conta que era vizinha de imigrantes japoneses, russos, italianos, árabes, ucranianos, poloneses e chineses. Isso a ajudou não só a ampliar sua bagagem cultural, como principalmente a aceitar e respeitar as diferenças.

Morta em 2013, a jornalista faz às escritoras um relato franco de seu ativismo político, do período em que foi presa e torturada, e da Curitiba que encontrou depois que saiu da prisão, em 1974, após quatro anos detida: uma cidade com carros nas garagens, produção industrial em ascensão e TVs na sala de estar.

“Parecia que eu tinha viajado no túnel do tempo. Era como se eu tivesse caído num outro mundo. E era.” O depoimento é fascinante – e vale toda a reflexão.

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