Ao que parece, 2021 não tem dado trégua: depois de um ano de pandemia, com uma crise de saúde pública e recessão econômica, continuamos a sofrer também com a estiagem recorde em Curitiba e região.
Na semana passada, a Sanepar voltou a fazer valer o rodízio de 36h em Curitiba: um dia e meio com água, um dia e meio sem. Segundo a empresa, isso foi feito para “afastar a possibilidade de colapso” do sistema de abastecimento de Curitiba.
🛑 Mas de que possível colapso estamos falando? Fomos atrás dos dados que mostram os níveis dos reservatórios de água de Curitiba e região nos últimos dois anos. E eis a curva que encontramos:
Depois de uma melhora significativa, o nível dos reservatórios voltou a cair a partir de abril – e a falta de chuvas preocupa. Veja o gráfico completo aqui.
Em resumo:
- O nível mais crítico a que chegamos foi em novembro de 2020, quando o nível geral do sistema de abastecimento de Curitiba bateu em 28%;
- Hoje, estamos em 50%. Até parece confortável, mas a perspectiva é de estiagem braba nos próximos meses. Em julho, por exemplo, choveu apenas 14,6 milímetros em Curitiba e região, contra uma média histórica de 92,4 mm (G1 PR);
- A barragem que mais preocupa atualmente é a de Piraquara II, até pouco tempo a mais abastecida da cidade: em quatro meses, o nível do reservatório passou de 94% a 61%.
Então, caro leitor, já sabe: o negócio é fechar a torneira e se preparar para os próximos meses – ainda mais porque a conta de água ficou mais cara neste ano. (Gazeta do Povo)