O Expresso da História: um palácio amarelo no centro 🏰

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Hoje é dia de mais história de Curitiba, com o nosso colunista Diego Antonelli, que vem falando dos prédios icônicos da cidade. O assunto é um casarão que já foi residência, quartel, sede do governo, escola de pintura e até livraria. Conta aí, Diego:

Em meados de 1877, o imigrante austríaco Fredolin Wolf terminou a construção de um imponente palácio que permanece em pé ainda hoje no centro de Curitiba: o Palacete Wolf. A obra começara em 1875, quando ele requereu junto à prefeitura “cem palmos de terreno” na região do “Largo da Igreja do Rosário”. 

💃🏽 Inicialmente, o Palacete Wolf tinha a finalidade de ser um local de reuniões sociais da família – já que os Wolf residiam em uma chácara nos arredores da cidade. Mas, durante quase um século e meio, o espaço foi utilizado para diversas finalidades.

🎖️ Entre 1886 a 1895, o sobrado serviu como sede de forças militares. Primeiramente, abrigou o Corpo Policial da Província. Depois, sediou o Quartel General do 5º Distrito do Exército. Durante a Revolução Federalista, era ali que estavam sediadas as forças oficiais. 


Lembra desse prédio? O Palacete Wolf fica quase em frente ao Relógio das Flores e à Igreja do Rosário, no Largo da Ordem. Foto: SMCS

📄 O espaço serviu como sede do governo do Paraná em 1892. Alguns anos depois, entre 1912 e 1913, o casarão sediou a Prefeitura da cidade e a Câmara Municipal.

Ali também funcionaram os colégios Curitibano (1880), Parthenon Paranaense, Internacional, Pereira Pitta (1905) e a seção masculina do Colégio Bom Jesus (1907 a 1911).

Em 1914, o andar superior foi ocupado pela Loja Maçônica de Curitiba. Nessa época, a família Bianchi passou a residir no térreo e montou no local uma escola particular de pintura e de violino.

  • Ao longo dos anos, o prédio ainda teve diversos locatários. No térreo chegou a funcionar, por exemplo, uma livraria e um escritório de engenharia

Nos dias de hoje: em 1974, o Palacete Wolf foi enfim desapropriado, por iniciativa do então prefeito Jaime Lerner, para se tornar a sede da recém-criada Fundação Cultural de Curitiba. Foi nessa época que o edifício foi revitalizado e sua cor original, amarelo-ocre, recuperada.

  • Em 2006, o prédio abrigou a Coordenação de Literatura e, desde 2017, tornou-se a sede do Instituto Municipal de Turismo.

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