Expresso da História: uma potência varejista

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Abrimos espaço novamente para nosso colaborador Diego Antonelli, que apresenta a história de algumas das marcas e empresas mais icônicas de Curitiba. Nesta 7a. edição do Expresso da História, ele fala de uma potência varejista nascida na rua Barão do Rio Branco, e que marcou época em Curitiba e no Brasil: as Lojas HM

🧉 Gaúcho de Rio Pardo, Hermes Macedo desembarcou em Curitiba em 1932. Aos 18 anos, ele deu o pontapé inicial no que seria uma das maiores redes de varejo que já existiu no Brasil. 

Os primórdios: a toda-poderosa HM começou sua história em 1932, com a fundação da Agência Macedo, especializada no comércio de peças para automóveis e caminhões. A sociedade de Hermes Macedo e de seu irmão Astrogildo publicava anúncios nos jornais de Curitiba e região, para comprar automóveis e caminhões usados. 

🚛 “Os veículos adquiridos eram desmontados, e suas peças, revendidas em um mercado que tinha dificuldades em importar itens de reposição para uma frota crescente”, informa pesquisa de Itanel Quadros, da UFPR.

💰 O empreendimento deu certo. Em 1944, os irmãos adquiriram um amplo imóvel na rua Barão do Rio Branco, antes ocupado pelas Indústrias Matarazzo. Ali funcionou por muitos anos a matriz das lojas Hermes Macedo — que passaram a comercializar artigos variados, como louças, liquidificadores, rádios e máquinas de lavar roupa e de costura. 

O sucesso foi nacional. Na década de 1980, a HM chegou a ser a segunda maior rede varejista do Brasil, segundo o ranking Maiores e Melhores, da revista Exame. Eram quase 3 mil funcionários, em 285 lojas nas regiões Sul e Sudeste. Em São Paulo, a empresa ocupava um prédio de dez andares. O grupo também investiu em empresas de crédito, propaganda, concessionárias e centros automotivos.

🎅 Para muitos curitibanos, uma das lembranças mais marcantes das Lojas HM era a decoração de Natal, um verdadeiro evento de fim de ano. O hábito se repetia em outras lojas da HM pelo país. (Gazeta do Povo)  

O fim: a decadência da Hermes Macedo S.A. teve início na década de 1990, sob uma conjuntura econômica desfavorável, agravada com a edição do Plano Collor e a disputa familiar pelo comando do grupo — o fundador faleceu em 1993. Em 1995, a HM fez um acordo com as Lojas Colombo, cedendo seu estoque de mercadorias, instalações e funcionários. A falência definitiva foi decretada em 1997. (Folha de Londrina)

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