O Expresso da História: a Impressora Paranaense

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Na segunda coluna d’O Expresso da História, que fala de algumas das empresas mais icônicas de Curitiba, o nosso colaborador e jornalista Diego Antonelli aborda a Impressora Paranaense — que imprimiu os rótulos de algumas das maiores marcas do país, e cuja história se confunde com a “criação” do estado do Paraná.

Conta mais, Diego:

Era abril de 1854 e fazia somente quatro meses que o Paraná havia se emancipado de São Paulo quando o presidente da recém-criada província, Zacarias de Góes e Vasconcelos, ordenou que fosse montada em Curitiba uma oficina tipográfica: a ideia era publicar um jornal para divulgar os atos oficiais do governo

🚢 Os equipamentos vieram de Niterói (RJ), numa empreitada desafiadora. “Foi, certamente, uma aventura transportar via marítima, até Antonina, o material e, depois, trazê-lo em lombo de burro pela estrada do Itupava a Curitiba”, escreveu o pesquisador Osvaldo Piloto. A “Typographia Paranaense” foi responsável pela impressão do jornal ‘O Dezenove de Dezembro’, marco inicial da imprensa do estado. (Bem Paraná)
 
Em 1888, a empresa passou a se chamar “Impressora Paranaense” e começou a produzir os rótulos das embalagens de erva-mate, sob o comando do Barão do Serro Azul e Jesuíno Martins Lopes. 

Entre idas e vindas, a Impressora Paranaense teve sua fase áurea a partir dos anos 1940, sob o comando do alemão Max Schrappe e seus três filhos (Werner, Max Filho e Oscar Sobrinho), quando se transformou em um dos estabelecimentos gráficos mais avançados do Brasil.


Reconhece este casarão no Batel? Pois foi ali, por muitos anos, a sede da Impressora Paranaense. Crédito: Flavio Ortolan, do blog Fotografando Curitiba.

Entre as marcas que tiveram seus rótulos impressos em terras curitibanas, estão:

  • Balas Zequinha
  • Chiclete Ploc
  • Toddy
  • Nescau
  • Caldo de galinha Knorr
  • Serenata de Amor
  • Maionese Hellmann’s
  • Nescafé
  • Cervejarias Atlântica, Cruzeiro e Providência
  • Fábrica de Fósforos Pinheiro

O fim: em 1996, a empresa foi adquirida pela multinacional Dixie Toga, fabricante de embalagens e rótulos. Dois anos depois, se associou à norte-americana Bemis e construiu uma unidade em Londrina. Em 2012, a Bemis fechou a unidade de Curitiba, no bairro Pinheirinho, que contava com 400 funcionários. 

Para saber mais:

  • O Museu Paranaense montou uma exposição sobre as indústrias do Paraná em 2015. Ainda é possível fazer um tour virtual por ela, no site do museu. 
  • Um dos herdeiros da Impressora Paranaense conta suas memórias, em entrevista à Fundação Cultural de Curitiba.
  • Confira aqui a última coluna do Expresso da História, sobre a Matte Leão.

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