Os desertos de oportunidades em Curitiba

Ainda não recebe O Expressso?

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no whatsapp

Será que, dependendo do bairro em que vive, um curitibano tem mais ou menos acesso a emprego, saúde ou educação?

Essa foi a pergunta feita por pesquisadores do Ipea, num estudo recém-lançado que mapeou os chamados “desertos de oportunidade” em 20 cidades brasileiras, incluindo Curitiba. 

A conclusão foi que sim — e, em Curitiba, essa tal desigualdade de acessibilidade se manifesta especialmente no acesso a trabalho e a hospitais. Dê uma olhada no mapa abaixo, que mostra o percentual de oportunidades de emprego a uma hora de ônibus:

&#x1F68D Deu pra notar que, nas franjas da cidade, há mais dificuldade de acessar vagas de emprego. Por outro lado, também dá para ver como os eixos do BRT (o famoso vermelhão) colaboram para aumentar as oportunidades (é só seguir as linhas amarelas do mapa para identificar por onde os biarticulados passam).

&#x1F3E5 Outro destaque, não tão positivo, é que em Curitiba o número de hospitais de alta complexidade acessíveis a pé pela população branca é mais do que duas vezes maior do que os acessíveis pela população negra. Segundo o Ipea, “esses resultados mostram como as desigualdades e a segregação racial também se manifestam territorialmente […] nas cidades brasileiras”.

Os mapas completos (e interativos) estão aqui. Já o Nexo fez uma reportagem bem completinha com um balanço da pesquisa.

Em resumo: “Os resultados apontam que a população branca e de alta renda tem em média mais acesso a oportunidades de trabalho, saúde e educação que a população negra e pobre em todas as cidades estudadas, independentemente do meio de transporte considerado.”

Quer receber mais notícias sobre políticas públicas em Curitiba?

Outras notas